Saímos todos do ventre de uma natureza que jaz
morta. Des de então tentamos ser reto. E sei que no nosso intentar, Deus como
Ser astuto que é, a de tocar, num dedo que seja, dessa genética adâmica. Eu, seu
filho maldito hoje persisto em tentar me encontrar. Sabendo, talvez, que não a
um Eu a se achar. É duro ser filho de um Deus louco e órfão de mãe. E é na
amargura que agente testa a tortura. E aprende que nada que sai da boca vale a
pena ser dito. Porque as verdadeiras coisas simplesmente penetram. Nunca são
ditas, apenas comidas. Banquete de um Deus louco. Que em pratos benditos, nos
brinda natureza morta. No cálice de vinho, tem sangue. Historias mórbidas. E
quando menos se espera tudo se acaba, sem respostas, sem nada. E ai se percebe
que junto à razão, a qual Deus renegou, nos foi dada a grande dadiva de sofrer
mais que o necessário.
FZS
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